segunda-feira, 25 de julho de 2011

Reflexão


    A promoção à Saúde enfatiza a transformação das condições de vida e de trabalho que influenciam na estrutura determinante da saúde. A saúde deve ser entendida como qualidade de vida resultante do complexo processo condicionado por diversos fatores, tais como: alimentação, justiça social, ecossistema, renda, educação, prática de exercícios, uso de cinto de segurança, redução do uso de fumo, alcool e drogas, exposições ocupacionais, entre outros.
    Ações em saúde que visem apenas a cura, ou o atendimento à doença, por si só não são efetivas. Como enfrentar questões relacionadas à diarréia, por exemplo, apenas com atendimento clínico e medicamentoso? Outros fatores como fonte de àgua da comunidade, formas de tratamento da àgua consumida, saneamento do bairro e higiene da população, dentre outros, não devem ficar de fora da pauta de discussão. Neste caso exemplo, o foco no atendimento apenas resolveria as demandas urgentes, que também são importantes. Mas o usuário do serviço voltaria para as mesmas condições que o levaram a buscar por atendimento, e assim, o clico continuaria, tendendo a aumentar e se transformar em uma "bola de neve", sufocando o profissional em demandas por atendimento.
    Para os profissinais de saúde, parece ser cômodo se colocar no lugar do clínico, não abordando outros determinantes em saúde e alegando que a demanda da população por atendimento impede que este saia de seu consultório/ unidade/ hospital. 
    Pontua-se também que a sociedade moderna é àvida pelo imediatismo do prazer, dinheiro, resultados, produção... e com a saúde nao tem sido diferente. É mais cômodo tomar um remédio e sanar a dor  urgente do que mudar hábitos de vida e investir em saúde. Os profissionais são demandados por respostas rápidas e eficazes que dêem conta de "consertar" uma patologia, transtorno, doença resultante de um histórico de vida.  Em parte, esse fenômeno também é responsabilidade nossa...
    Precisamos  refletir sobre qual modelo de saúde pretendemos, quais a prioridades focar e qual modelo possui um custo benefício mais viável. 
(Bruno Klécius)


 

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